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Policiais paralisam atividades amanhã

GERAL – Paraíba, quinta-feira, 14 de junho de 2007

Policiais paralisam atividades amanhã


Os policiais civis retomam a greve a partir da zero hora de amanhã. A decisão foi tomada em assembléia realizada ontem, quando a categoria recebeu do governo proposta de aumento de R$ 150, segundo informou o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado da Paraíba (SSPC-PB), Antônio Erivaldo. “A partir de sexta-feira, retomamos o movimento paredista, em virtude da proposta de reajuste de R$ 150, e ainda dividido em duas vezes, encaminhada pelo governo”, revelou Erivaldo.
De acordo com o presidente do sindicato, a categoria paralisará 70% do efetivo, mantendo apenas o atendimento aos casos emergenciais, a exemplo de lavraturas de flagrantes. As delegacias não registrarão ocorrências e serão suspensas investigações e diligências.
Os policiais reclamam que, para os delegados, o governo ofereceu reajuste de R$ 1.500, ao passo que ofereceu 10% desse valor para os policiais de nível médio – funções de agente, escrivão, necrotomista, auxiliar de perito, motorista policial, agentes de telecomunicação e investigação e papiloscopista policial.
A assessoria de Comunicação da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social confirmou, ontem, a proposta do governo de conceder R$ 150 de reajuste à categoria, que dá em torno de 12%. O assessor de imprensa da secretaria, Ainoã Geminiano, avisou que “se a greve voltar, a Secretaria de Segurança pedirá a ilegalidade da greve e vai usar meios legais para fazer a segurança pública funcionar. Ainoã explicou que este índice de 12% oferecido pelo Estado “é mais de três vezes o valor da inflação do último ano”, e que o reajuste pedido pelos policiais, de R$ 750, é 76%.
Ainda de acordo com a secretaria, o salários dos policiais civis da Paraíba está na média nacional, sendo o 14° no ranking dos Estados brasileiros, na frente de Rio de Janeiro e São Paulo.
A greve teve início dia 1° e foi suspensa dia 6 por votação da maioria da plenária, em atendimento a pedido do secretário Eitel Santiago, visando ao avanço nas negociações, conforme disse ontem o presidente do sindicato.
A reivindicação da Polícia Civil paraibana era inicialmente de dois terços do reajuste oferecido aos delegados. Posteriormente, a proposta da categoria foi reduzida para 50% do que o governo acordou com os delegados (R$ 1.500), o que corresponderia a R$ 750.
O presidente do sindicato, Antônio Erivaldo, disse que não teme que a Justiça decrete a legalidade da greve, a exemplo do que ocorreu com os professores do Estado. “Não temos o que temer porque estamos fazendo o movimento dentro da formalidade legal”, frisou. Mas acrescentou que a categoria está pronta para atender à Justiça, caso ela seja acionada pelo Estado. Existe 1.800 policiais civis em todo o estado da Paraíba. Desses, 320 são delegados. Dos 1.500 restantes, 30% atenderão os casos emergenciais.
O assessor de comunicação da secretaria ainda avisou que hoje deve haver reunião, em horário ainda não definido, do superintendente da Polícia Civil, Gerson Barbosa, com a Associação de Servidores da Polícia Civil (ASPOL). Segundo ele, a associação não está junto com o sindicato em favor do movimento grevista. (AL)

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