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Ministério Público dá dez dias para interdição da Central de Polícia

Campina Grande – O Ministério Público deu um prazo de 10 dias para que o Governo do Estado através da Superintendência de Obras, Planejamento e Desenvolvimento do Estado da Paraíba (Suplan-PB), remaneje para outro prédio o complexo que abriga a 2ª Delegacia Regional de Polícia,além das delegacias especializadas de Campina Grande. Caso contrário será interditado.
De acordo com o promotor de Justiça, Luís Nicomedes de Figueiredo Neto, após as vistorias realizadas na Central de Polícia ficou comprovada a existência de fissuras nas paredes do prédio; flexão excessiva da estrutura de madeiras da coberta, desprendimento de parte das camadas de cobrimento das armaduras das lajes, presença de cupins, infiltrações em paredes, pisos e tetos, revestimentos de paredes e esquadrias danificadas, afundamento do piso, instalações elétrica, de lógica e telefônica e hidrosanitárias abandonadas, além de outros problemas que causam riscos constantes aos que trabalham naquela instituição. O promotor alertou que a ocorrência de um desabamento no prédio ou em parte dele poderá causar a destruição ou a inutilização de documentos que compõem inquéritos policiais, causando prejuízos para as investigações em execução.
A ação é decorrente de um inquérito civil público instaurado em 16 de dezembro de 2008. Laudos técnicos fornecidos pela Defesa Civil, SUPLAN, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros apontam para a potencialidade de riscos à integridade física e à saúde dos servidores, presos e público em geral.O superintendente da Polícia Civil de Campina Grande, Ariosvaldo Adelino, disse que por enquanto não recebeu nenhum comunicado da SUPLAN para serem transferidos para outro prédio. Ele acrescentou que sabe da reforma de um prédio no bairro do Catolé, mas até agora nenhuma providência foi tomada para que eles possam ser transferidos. “Estamos aguardando uma posição do Governo para que possamos nos mudar. Realmente as condições de trabalho aqui são precárias, mas não podemos fazer nada por enquanto”, concluiu.
O Secretário de Segurança da Defesa Social, Gustavo Gominho foi procurado pela reportagem do Correio da Paraíba para se posicionar a respeito da situação, mas até o fechamento desta edição não foi encontrado.
Segundo o promotor, os delegados e demais funcionários da Central de Polícia estão trabalhando em situação crítica. Além dos servidores, o público em geral que freqüenta aquela instituição policial também se encontra em risco.


Simone Duarte

Fonte: Correio da Paraíba

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