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CRIMES AUMENTAM 31% NA PARAÍBA

Paraíba * Quinta-feira, 25 de outubro de 2007 – B1

CRIMES AUMENTAM 31% NA PARAÍBA

ESTUDO DOS MINISTERIOS DA SAUDE E JUSTIÇA MOSTROU QUE 2078 PESSOAS FORAM MORTS A TIROS NO ESTADO, EM 4 ANOS

EDVANILDO LOBO

Na contramão da tendência nacional, a Paraíba registrou aumento de mortes provocadas por armas de fogo, entre os anos 2003 e 2006. Enquanto no Brasil houve redução, de 12 % desse tipo de crime, no Estado observou-se um acréscimo de 31%. As estatísticas são resultados do estudo “Redução do Homicídio no Brasil”, realizado pelo Ministério da saúde, em parceria com o Ministério da Justiça. A pesquisa aponta que, nos quatro anos, a Paraíba contabilizou 2.819 homicídios, dos quais 2.078 foram por armas de fogo. A Paraíba é um dos 10 Estados do Brasil onde foi registrado aumento da taxa de mortalidade por armas de fogo, chegando em 2006 a 34,9 homicídios para cada 100 mil habitantes. Em todas as outras unidades d federação, incluindo Rio de janeiro e São Paulo, foi registrada queda. Na Capital, a taxa chegou a 32,8, bem próxima à do Rio de janeiro (33,4).
Segundo a pesquisa, em todo Brasil, foram computados 34.648 óbitos por armas, em 2006, contra 39.325, em 2003. Na Paraíba, somente este ano – de 1º de janeiro até ontem -, 40 pessoas deram entrada mortas por armas de fogo no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, conforme informe o setor de arquivo médico e estatístico do estabelecimento (Same).

TENDENCIA DE CRESCIMENTO

Segundo a coordenadora de Informações e Analise Epidemiológica do Ministério da Saúde, Fátima Marinho Souza, a projeção de crescimento de mortes por armas de fogo para este ano na Paraíba é da ordem de 6%. Isso significa, que pelo menos, mais 640 paraibanos devem ser vitimas dessa violência.
“A tendência, infelizmente, é a pior possível, não ser que haja uma ação efetiva por parte do estado, de combate ao uso de armas ilegais”, disse. Ela lembrou que em 2006 o Estado contabilizou 604 assassinatos causados por armas de fogo, dos quais 220 aconteceram em João pessoa, o que representa 36% do total. A coordendora ressaltou que a taxa de mortalidade na capital chegou a 32,8, em 2006, bem próxima a txa do Rio de Janeiro 933,4).

TAXA ACIMA DA MEDIA NACIONAL

A media da taxa de mortalidade por Armas de fogo durante os quatro anos na Paraíba, conforme o estudo, foi de 30,9 para cada 100 mil habitantes, bem acima da media nacional, que registrou queda de 18%, cindo de 22 para 18 óbitos. Em 2003, o Estado registrou 26,6 mortes em cada 100 mil pessoas; em 2004, 26,2; em 2005, 34,9.
Na da taxa de mortalidade, a Paraíba só ficou atrás do Amazonas (85,2), Alagoas (59,4) e Pará (31,5). Dos nordestinos, apenas Pernambuco apresentou redução na taxa de mortalidade, de 13,4. Nos demais estados do Nordeste, e no estado do Paraná, houve aumento das mortes. O estudo descreveu ainda que 92% das vitimas de homicídios são homens, na faixa etária de 15 a 39 anos de idade.

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