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Crimes crescem nas festas e bandidos fazem assembléia para planejar ações

Polícial – Domingo, 23 de Dezembro de 2007

Crimes crescem nas festas e bandidos fazem assembléia para planejar ações

A criminalidade aumenta no fim do ano e o número de assaltos, roubos, arrastões em bares e restaurantes, golpes no comércio e outros tipos de crimes crescem pelo menos 20%. Nessa época, bandidos e traficantes de grupos organizados chegam a fazer “assembléias” para planejar crimes e arrastões. A polícia revela que os “pontos mais vulneráveis” à ação de bandidos são a orla marítima e o comércio do Centro de João Pessoa. Para tentar coibir a ação de quadrilhas e traficantes, as polícias Militar, Civil e Federal montaram um esquema durante as festividades de final de ano e o reforço na segurança se estenderá durante o Verão, quando o fluxo de turistas aumenta no Estado.
Uma fonte da equipe de Inteligência da Polícia na Paraíba revelou que no Bairro São José, em João Pessoa, traficantes fazem reuniões para escolher os locais dos assaltos e suas vítimas. “Existem dois grupos rivais que disputam o ponto de venda de drogas no bairro, que assaltam e matam. Um deles, chamado ‘grupo da laje’, se reúne em cima de uma laje e fica monitorando a entrada e a saída de pessoas e veículos no bairro”, revelou um policial, que nessa reportagem, o chamaremos de “João”.
Ele revelou, ainda, que a área mais “quente” na comunidade São José é a que fica próxima ao Rio Jaguaribe. “Esse trecho é a ‘Faixa de Gaza’, onde existem os corredores de fuga dos bandidos, que assaltam em Manaíra e fogem para a favela”, afirmou o policial, acrescentando que os dois grupos da comunidade São José são responsáveis por muitos assaltos e roubos que acontecem na orla marítima de João Pessoa.
O policial lembrou que numa operação recente das polícias Civil e Militar, realizada há cerca de dois meses, foram presas cinco pessoas acusadas de tráfico de drogas e de integrar o chamado “grupo da laje” do bairro São José. “Mas outros integrantes do bando continuam agindo na comunidade e adjacências. Noventa por cento das pessoas que moram nesse bairro são de bem. Mas os dois grupos ditam as regras e as famílias são obrigadas a obedecerem e silenciar, por temerem represálias”, observou.

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