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A CRISE JÁ ESTÁ SEM

fig07y2011A situação administrativa da Paraíba está chegando a um ponto insustentável. Desde o inicio do atual governo já se dizia que era improvável sair um resultado bom de tantos desacertos e crises criados pelo governante. Talvez à falta de antecedentes semelhantes entre os demais administradores do Estado, em todos os tempos passados, haja certa dificuldade para se avaliar as conseqüências de tantos desatinos de gestão. Nenhum gestor antes estabeleceu uma rota tão tortuosa para não chegar ao essencial de qualquer governo trivial: o bem comum. O que falta a RC para chegar ao lugar que os mais ignorantes dos dirigentes públicos sabem chegar trilhando pelos caminhos mais simples, sem grandes traumas?

Não bastasse o amontoado de conflitos insolúveis gerados pelo governo RC com vários setores institucionalizados do Estado, especialmente com os servidores públicos e suas organizações, a crise invadiu a independência dos demais poderes e seus membros, como se o governador fosse o dirigente superior de um poder único. Essa é uma concepção inaplicável a um ente federativo, porque esse é um conceito de Estado Unitário Totalitário. O totalitarismo de RC é uma questão de temperamento, podendo também ser ideológica, mas esse viés não se ajusta à governança numa unidade federativa do Brasil. Ou seja, temos um típico ditador na Paraíba mas é rigorosamente impossível que ele implante um regime ditatorial na região.

A CRISE INVADIU A ALMA DO GOVERNANTE
Contudo, diante das impossibilidades de realizar um governo de força e absolutista em nosso Estado, RC entra em seu próprio conflito interior, pois não faz o que quer, só faz o que pode, e não realiza o que devia. É esse conflito psicológico que está transformando RC num ser mais anormal do que sempre foi. Hoje ele tem um governo de força que não produz à força o que os outros não aceitam que ele faça. E a resistência, a essas alturas, é maior do que RC e seu governo e a força que os dois julgam ter.

O governo entrou no desespero: ou aceitam o que ele quer ou vai avançar como um trator por cima das barricadas de resistência; uma atitude louca, delirante, que vai por à pique a ditadura tupiniquim que, como Dom Quixote de La Mancha, pensa que pode vencer os inimigos com moinhos de ventos, montado num cavalo robusto mas imaginário.

SINAIS DOS TEMPOS
Anotem: o confronto de RC com a Assembleia vai levar a uma grande devassa no governo. A podridão vai ser estourada como uma ferida cheia de pus, e a fedentina, como se verá, não estará muito distante do governador, mas logo abaixo de seu nariz. Muitos dos que a encobriram tentarão fugir ou escapar, mas todos serão atingidos pela fedentina. É ai onde serão conhecidos os que vestem paletós limpos. E, entre perdas e danos, o povo sairá ganhando, ainda que mediante muitas e grandes perdas que a gestão pública terá, só porque o governo abandonou o bem comum para cuidar do mal que está dentro de seu coração. E na sua cabeça.

FONTE:
Redação – wscom

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